martes, 9 de marzo de 2010

Ergo uma rosa. José Saramago.

Ergo uma rosa, e tudo se ilumina
Como a lua nao faz nem o sol pode:
Cobra de luz ardente e enroscada
Ou vento de cabelos que sacode.

Ergo uma rosa, e grito a quantas aves
O ceu pontuam de ninhos e de cantos,
Bato no chao a ordem que decide
A uniâo dos demos e dos santos.

Ergo uma rosa, um corpo e um destino
Contra o frio da noite que se atreve,
E da seiva da rosa e do meu sangue
Construo perenidade em vida breve.

Ergo uma rosa, e deixo, e abandono
Quanto me doi de mágoas e assombros.
Ergo uma rosa, sim, e ouço a vida
Neste cantar das aves nos meus ombros.
c) José Saramago.

2 comentarios:

  1. Yo quedé prendada de Saramago con un libro que leí de él, de sus memorias...

    Un beso.

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  2. Es una maravilloso poeta y un magnífico escritor. A mi también me gusta.
    Besos.

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